Presidente participa de cúpulas na Indonésia e na Malásia e busca ampliar exportações brasileiras em região com 680 milhões de habitantes
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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil |
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarca nesta terça-feira (21) para uma viagem ao Sudeste Asiático, com agenda oficial na Indonésia e Malásia, em uma ofensiva diplomática e comercial que pode abrir novas oportunidades para o Brasil em um mercado de mais de 680 milhões de pessoas.
Durante a viagem, Lula participará da 47ª Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) e da 20ª Cúpula do Leste Asiático (EAS), além de realizar encontros bilaterais com chefes de Estado — entre eles, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e possivelmente o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
De acordo com o Itamaraty, esta é a primeira vez que um presidente brasileiro participa da Cúpula da Asean, bloco econômico formado por 11 países que juntos somam PIB de cerca de US$ 4 trilhões, configurando-se como a quarta maior economia do mundo.
O comércio do Brasil com os países da Asean superou US$ 37 bilhões em 2024, o que faz do grupo o quinto maior parceiro comercial brasileiro. Entre os objetivos da viagem estão o fortalecimento das relações diplomáticas, o aumento das exportações agrícolas e energéticas e o avanço de acordos nas áreas de tecnologia, bioenergia e segurança alimentar.
Na Indonésia, Lula será recebido pelo presidente Prabowo Subianto, com quem deve assinar memorandos de entendimento sobre energia renovável e sustentabilidade. Já na Malásia, além de encontros com o primeiro-ministro Anwar Ibrahim, o presidente brasileiro receberá o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Nacional da Malásia, em reconhecimento ao seu papel na promoção da justiça social e cooperação internacional.
A comitiva presidencial inclui ministros, diplomatas e cerca de 100 empresários brasileiros, que participarão de fóruns empresariais voltados à ampliação do comércio e dos investimentos. Lula retorna ao Brasil no dia 28 de outubro, encerrando uma das viagens internacionais mais estratégicas de seu governo.
Fonte: Agência Brasil