Inflação desacelera em junho, mas energia elétrica pressiona índice para cima

Com alimentos em queda após 9 meses, IPCA fecha junho em 0,24%, mas segue acima da meta anual

Foto: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o mês de junho em 0,24%, marcando o quarto mês consecutivo de desaceleração da inflação. O resultado foi puxado pela queda no preço dos alimentos, o primeiro recuo após nove meses de alta.

Apesar da trégua nos alimentos, o aumento da energia elétrica, provocado pelo acionamento da bandeira tarifária vermelha, impediu uma inflação ainda menor. Só esse item impactou o IPCA em 0,12 ponto percentual, segundo o IBGE.

O acumulado de 12 meses, no entanto, ainda estoura o teto da meta do governo, com 5,35%, quando o limite é de 4,5%. É o sexto mês seguido acima da meta. Em abril, o acumulado foi o mais alto do ano, com 5,53%.

Entre os grupos analisados, apenas alimentos e bebidas registraram deflação, com destaque para a queda no arroz (-3,23%), frutas (-2,22%) e ovos (-6,58%). Já a conta de luz subiu 2,96% em junho, puxada pelo custo maior da energia em razão da estiagem e da ativação de usinas termelétricas.

O grupo dos transportes também teve impacto relevante (0,27%), com destaque para a disparada do transporte por aplicativo, que aumentou 13,77%, mesmo com queda nos combustíveis (-0,42%).

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), voltado às famílias de menor renda, também desacelerou e ficou em 0,23% em junho, com acumulado de 5,18% em 12 meses.

Fonte: Agência Brasil

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