Execução no Centro da capital envolveu motivação passional; ex-marido de Penélope Brito foi preso como principal suspeito
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Vereador e ex-comandante da Guarda Civil de Parnaíba são mortos a tiros no Centro de Teresina — Foto: Reprodução |
O duplo homicídio que abalou o Piauí nesta quarta-feira (27) deixou muitas perguntas em aberto, mas algumas informações já foram confirmadas pelas autoridades. O vereador Thiciano Ribeiro (PL), de 41 anos, e a comandante da Guarda Civil Municipal de Parnaíba, Penélope Brito, foram executados a tiros em plena região central de Teresina, em frente ao Hospital Prontomed.
O crime
O casal foi surpreendido por disparos feitos pelo guarda municipal Fernando de Oliveira Castro, 38 anos, ex-marido de Penélope, com quem tem um filho de cinco anos. Câmeras de segurança registraram a ação. Segundo a polícia, Fernando não aceitava o fim do casamento, encerrado há cerca de cinco meses.
Thiciano e Penélope morreram no local após serem atingidos por vários disparos. Um taxista que estava próximo teve o carro atingido e foi ferido no rosto por estilhaços de vidro, mas sem gravidade.
Quem eram as vítimas
Thiciano Ribeiro da Cruz, advogado e suplente de vereador pelo PL em Parnaíba, assumiu o mandato em maio deste ano. Já havia atuado como secretário de transportes do município.
Penélope Miranda de Brito, comandante da GCM de Parnaíba, também exerceu recentemente o cargo de secretária interina de Transporte, Trânsito e Articulação com as Forças de Segurança.
Os dois eram um casal e estavam em Teresina para participar do aniversário da avó de Thiciano.
O suspeito
Horas após o crime, a polícia prendeu Fernando de Oliveira Castro no bairro Parque Piauí, Zona Sul da capital. Com ele, foram apreendidas três armas de fogo (uma institucional e duas particulares), dinheiro e o veículo usado na fuga. A Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI) informou que Fernando confessou informalmente a autoria, atribuindo o ato ao inconformismo com a separação.
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Guarda municipal é suspeito de matar vereador e a ex-mulher, comandante da Guarda Civil de Parnaíba, em Teresina — Foto: Reprodução |
Próximos passos da investigação
O caso está sob responsabilidade do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que tem prazo de até 10 dias para concluir o inquérito. As autoridades devem aprofundar a apuração sobre a premeditação, circunstâncias do crime e eventuais cúmplices.
Repercussão
A tragédia gerou comoção em Parnaíba e em todo o estado. A Câmara Municipal decretou luto oficial e entidades de segurança pública prestaram homenagens às vítimas. A morte de Penélope, reconhecida por sua liderança na Guarda Municipal, e de Thiciano, recém-empossado no Legislativo, expõe a gravidade da violência passional que vitima famílias e comunidades inteiras.
Fonte: GI Piauí