Polícia desmonta fábrica clandestina de bebidas adulteradas com metanol em São Bernardo do Campo

Investigação aponta ligação com mortes por intoxicação em São Paulo; dona do local foi presa em flagrante

Polícia encontra em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, fábrica clandestina ligada às mortes por intoxicação com metanol — Foto: Reprodução/TV Globo

 A Polícia Civil de São Paulo localizou nesta sexta-feira (10), em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, uma fábrica clandestina de bebidas alcoólicas suspeita de produzir as garrafas que causaram a morte de duas pessoas por intoxicação com metanol no estado.

De acordo com as investigações, a fábrica comprava etanol em postos de combustível e o misturava com bebidas como vodka, criando produtos altamente tóxicos. A análise inicial indica que o etanol utilizado estava adulterado com metanol, substância letal quando ingerida.

A descoberta ocorreu durante as investigações que apuram casos de adulteração de bebidas alcoólicas após os dois primeiros óbitos registrados na capital paulista. As vítimas haviam consumido vodka no mesmo estabelecimento da Zona Leste de São Paulo.

Após rastrear os fabricantes da bebida, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão, resultando no desmantelamento da fábrica pirata. A proprietária do local foi presa em flagrante e autuada por falsificação e adulteração de produtos alimentícios, crimes que preveem pena de quatro a oito anos de prisão e multa.

Caso Bruna Araújo

A operação também cumpriu oito mandados de busca e apreensão em endereços ligados a um bar e uma distribuidora suspeitos de fornecer a vodka contaminada a um grupo de amigos que estava em uma balada em São Bernardo do Campo.
Entre as vítimas estava Bruna Araújo, de 30 anos, cuja morte por intoxicação com metanol foi confirmada na última segunda-feira (6).

Durante a ação, celulares e computadores foram apreendidos para análise, e os suspeitos foram conduzidos à delegacia para prestar depoimento.
A Delegacia de Meio Ambiente e o Grupo de Operações Especiais (GOE) seguem com as investigações para identificar a extensão da rede de distribuição e possíveis novos envolvidos no esquema criminoso.

Fonte: G1

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