Debandada na Câmara enfraquece PEC da Reforma Administrativa

Parlamentares retiram assinaturas e apontam riscos à autonomia federativa, direitos e garantias

Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados

Menos de um mês após ser protocolada na Câmara dos Deputados, a PEC da Reforma Administrativa começou a enfrentar uma debandada de assinaturas por parte de parlamentares. A proposta foi apresentada em 24 de outubro e, desde então, ao menos 14 deputados solicitaram formalmente a retirada de apoio.

Entre os nomes que deixaram de assinar está o do líder da oposição, Zucco (PL-RS), que justificou a decisão afirmando que o texto “contém dispositivos de amplo impacto sobre a autonomia federativa” e necessita de “discussão mais profunda antes de qualquer apoio formal”. Para ele, a retirada é “uma atitude de responsabilidade institucional”.

Também abandonaram o apoio:

• Rafael Prudente (MDB-DF)

• Murilo Galdino (Republicanos-PB)

• Fátima Pelaes (Republicanos-AP)

• Duda Ramos (MDB-RR)

• Emidinho Madeira (PL-MG)

• Pastor Diniz (União-RR)

• Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR)

• Helena Lima (MDB-RR)

• Marx Beltrão (PP-AL)

• Alexandre Guimarães (MDB-TO)

• Renilce Nicodemos (MDB-PA)

• Henderson Pinto (MDB-PA)

• Marussa Boldrin (MDB-GO)

A maioria dos parlamentares alegou que assinou a PEC com o propósito de fomentar o debate, mas que, após análise técnica, passou a enxergar riscos a direitos e garantias fundamentais dos servidores públicos.

A proposta é uma das principais bandeiras do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que pretende vê-la votada antes das eleições de 2026. Apesar da debandada, o movimento ainda está longe de barrar o avanço da PEC: para invalidá-la, seria necessária a retirada de metade das 171 assinaturas — ou seja, 86 parlamentares.

O tema segue em discussão, cercado de críticas e pressões de diferentes setores do funcionalismo público e da sociedade civil.

Fonte: CNN Brasil

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