Polêmica sobre violência policial e combate ao crime reacende interesse pelo clássico de 2007
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| Imagem divulgação |
Após a operação policial que deixou ao menos 121 mortos nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, o filme Tropa de Elite (2007) voltou a figurar entre os títulos mais assistidos da Netflix, ocupando a 9ª posição no ranking semanal da plataforma.
Dirigido por José Padilha e protagonizado por Wagner Moura no papel do icônico Capitão Nascimento, comandante do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais), o longa acompanha o policial incorruptível que tenta deixar a corporação enquanto busca um substituto para assumir seu posto. Paralelamente, dois amigos de infância ingressam na polícia e se deparam com a corrupção que atinge o batalhão.
Lançado em 2007, o filme gerou intenso debate na mídia e na sociedade brasileira ao retratar os policiais do BOPE como heróis, embora envolvidos em atos de extrema violência, e ao culpar os usuários de drogas pelo financiamento do crime organizado. Tanto Padilha quanto Wagner Moura defenderam a obra, alegando que a intenção era denunciar a brutalidade policial.
“Tenho certeza de que ninguém na Finlândia ou na Suécia vai ver esses policiais como heróis”, declarou Moura na época, reforçando o caráter crítico da trama.
Tropa de Elite venceu o Urso de Ouro no Festival de Berlim, em 2008, e ganhou uma sequência em 2010: Tropa de Elite 2 – O Inimigo Agora é Outro, que se tornou um dos maiores sucessos de bilheteria do cinema nacional.
A recente volta ao topo da audiência também coincide com a estreia de O Agente Secreto, novo filme estrelado por Wagner Moura e cotado para o Oscar, reforçando sua presença no debate cultural do momento.
