Advogada que salvou familiares em incêndio no Paraná desperta após dois meses internada

Juliane Vieira começa a se comunicar no hospital após sofrer queimaduras em 90% do corpo durante resgate no 13º andar em Cascavel

Reprodução/redes sociais - Juliana Vieira, 28, que ficou pendurada no suporte do ar-condicionado para resgatar familiares

Dois meses após o incêndio que marcou o centro de Cascavel, no oeste do Paraná, a advogada Juliane Vieira, de 28 anos, apresentou sinais significativos de recuperação e começou a despertar no hospital, passando a se comunicar com familiares. Ela estava internada em coma induzido na Unidade de Terapia Intensiva do Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Universitário de Londrina desde 15 de outubro, data do acidente que a deixou gravemente ferida.

Juliane ganhou reconhecimento nacional após protagonizar um resgate extremo durante o incêndio em um prédio residencial. Para salvar a mãe e um primo de apenas 4 anos, que estavam presos dentro do apartamento em chamas, a advogada se posicionou em pé sobre o suporte externo de um aparelho de ar-condicionado, no 13º andar do edifício, enquanto auxiliava as equipes de socorro. As imagens do momento circularam amplamente nas redes sociais e comoveram o país.

A mãe de Juliane sofreu queimaduras no rosto e nas pernas, além de inalação de fumaça e lesões nas vias respiratórias. Ela permaneceu internada por 11 dias no Hospital São Lucas, em Cascavel, e recebeu alta após evolução clínica. O primo foi transferido para Curitiba, onde ficou hospitalizado por 16 dias em razão de queimaduras nas mãos e pernas e da inalação de fumaça, tendo alta no fim de outubro.

Durante a ocorrência, dois bombeiros também se feriram. Um deles teve queimaduras nos braços, mãos e parte das costas, necessitando internação, enquanto o outro sofreu queimaduras nas mãos e foi atendido sem maiores complicações.

Segundo familiares, o estado de saúde de Juliane ainda inspira cuidados e segue sendo considerado delicado, mas a recente evolução, com períodos de consciência e interação, é vista como um avanço importante no tratamento. A jovem continua sob acompanhamento intensivo da equipe médica.

No fim de novembro, a Polícia Civil do Paraná concluiu o inquérito sobre o incêndio e descartou a possibilidade de ação criminosa. De acordo com o laudo pericial, o fogo teve início na cozinha do apartamento e se espalhou rapidamente, causando a destruição total do imóvel.

Fonte: IG

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