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Senador Ciro Nogueira, Foto: Metrópoles |
O senador Ciro Nogueira, líder do Progressistas (PP), divulgou informações sobre as atuais discussões em Brasília acerca da possível aliança entre PP, Republicanos e União Brasil. Nogueira esclareceu que as negociações estão em estágio avançado, mas, contrariando as previsões iniciais, a integração planejada agora está agendada para ocorrer após o mês de fevereiro, representando um ajuste em relação ao cronograma anteriormente considerado.
Implementadas em 2022, as federações substituíram as antigas coligações, surgindo como resposta à cláusula de barreira. Essa cláusula impõe restrições de tempo de propaganda e fundo partidário às legendas que não atingem um número mínimo de deputados federais eleitos. No novo modelo, as siglas precisam atuar como se fossem uma única entidade por, no mínimo, quatro anos. A união entre os partidos permite que os resultados obtidos na eleição para a Câmara sejam contados em conjunto.
A federação entre União Brasil, PP e Republicanos, por sua vez, não visa imediatamente a sobrevivência dos partidos, mas sim como uma forma de aglutinar legendas de perfis similares. A união entre os três partidos fortaleceria o poder de negociação por espaços no governo e no Congresso. As três legendas, juntas, já indicaram o comando de cinco ministérios de Lula, mas ao mesmo tempo também não têm se furtado a agir contra o Executivo em algumas votações, além de abrigarem nomes ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Posições de Cada Partido:
PP: Caciques do Progressistas, como o presidente Ciro Nogueira, veem grandes chances da federação avançar no próximo ano.
União Brasil: Sucessor de Luciano Bivar, Antonio Rueda tem interesse em colocar em prática a 'superfederação' já em 2024.
Republicanos: O partido tem evitado falar publicamente sobre a composição com os outros dois partidos, mas dirigentes têm participado de reuniões para discutir o assunto.
Prós e Entraves:
A união entre as três legendas fortaleceria o poder de negociação por espaços no governo e no Congresso.
Ao se tornar a maior bancada, teria preferência no momento de dividir o comando de comissões.
União Brasil e Republicanos têm nomes cotados para a sucessão de Arthur Lira na presidência da Câmara, o que demandaria acordo entre as siglas.
Os três partidos também precisariam pacificar conflitos regionais às vésperas das eleições municipais em 2024