Novo limite para juros de cartão de crédito começa a valer nesta quarta (3)

 

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A partir desta quarta-feira (3), entra em vigor a nova regra que estabelece um limite para os juros cobrados no rotativo do cartão de crédito. Conforme a medida, os juros não poderão ultrapassar 100% do valor da dívida original, marcando uma mudança significativa nas práticas financeiras relacionadas ao crédito.

Até então, o sistema de cobrança de juros sobre juros no cartão de crédito contribuía para uma espiral de endividamento, impactando negativamente a vida financeira dos consumidores. Com a aplicação da nova regra, espera-se que haja uma maior proteção aos usuários do cartão, evitando o acúmulo excessivo de dívidas.

Especialistas alertam para a necessidade de uma abordagem mais consciente em relação ao uso do cartão de crédito. O professor de economia do Insper, Otto Nogami, destaca a importância da educação financeira para evitar o endividamento excessivo.

Diante da mudança nas regras, os consumidores serão beneficiados com a limitação dos juros no rotativo, proporcionando uma gestão mais equilibrada das finanças pessoais. A medida visa combater a prática de utilizar o crédito do cartão como uma extensão do salário, o que frequentemente resultava em crescentes níveis de endividamento.

A iniciativa, prevista na lei do Desenrola, foi sancionada pelo presidente Lula em outubro do ano passado. Os juros do rotativo, no mês da sanção, ultrapassavam os 430% ao ano, evidenciando a necessidade de regulamentação para proteger os consumidores.

Os economistas destacam que a taxa de 100% no rotativo implica dobrar a dívida a cada ano, um cenário preocupante que pode levar a situações de difícil recuperação financeira. Portanto, a recomendação é gastar no cartão de crédito apenas se houver recursos disponíveis para quitar a próxima fatura.

Diante da implementação da nova regra, entidades como a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) estão analisando os impactos e buscando soluções que beneficiem a população de renda mais baixa, evidenciando a importância de uma abordagem equilibrada na oferta de crédito.

Fonte: Jornal Nacional

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