Participantes da força tarefa puderam presenciar programas que visam estimular a produção e venda de produtos provenientes da agricultura familiar
A primeira parada foi na horta comunitária do povoado Ave Verde, onde 37 famílias, principalmente mulheres, sustentam-se cultivando quiabo, cheiro verde, milho, feijão, alface e abóbora.
Graças a programas governamentais federais e estaudais, como o Bolsa Família, Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa de Alimentação Saudável (PAS), a comunidade Ave Verde transformou sua realidade.
A compra da produção, garantida através desses programas públicos, permitiu aos agricultores melhorar sua condição de vida. Quase todos agora possuem bens como eletrodomésticos, motocicletas, casa própria e, mais importante, segurança alimentar.
“Antigamente a gente produzia para consumo. Agora a gente tem a produção para a venda. Isso trouxe melhoria para nossas famílias, nossas casas, uma renda maior. As famílias hoje têm uma qualidade de vida maior, têm alguns bens que não tinham condição de comprar antes”, afirma Nonato.
A representante da Costa Rica, Socorro Gross, da Organização Mundial da Saúde (OMS), avalia que o projeto das hortas comunitárias tem o potencial de revolucionar a realidade tanto dos produtores, mas também a vida das crianças destas famílias, que poderão crescer com uma alimentação saudável e a quebra do ciclo da pobreza.
O representante do Programa Alimentar das Nações Unidas, o irlandês Eric Scanlon, diz estar impressionado com o programa de agricultura familiar desenvolvido pelo Piauí. Para ele, o Brasil possui um extenso catálogo de programas sociais que podem ser um exemplo a ser seguido por outros países. “O Brasil é um líder no âmbito de ajuda social que tem experiências que podem ser exportadas para outros países. Aqui na comunidade pude aprender como as famílias estão organizadas para produzir e vender os alimentos para programas alimentares desenvolvidos pelo governo do Piauí”, apontou Eric.
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate Fome, Wellington Dias, acompanhou os delegados durante as visitas. Ele apontou que os programas governamentais de apoio aos pequenos produtores são muito importantes, porque ajudam no trabalho de sua emancipação econômica, incentivando a chegar ao mercado consumidor final sem precisar do poder público.
“É quando esse agricultor consegue se organizar e ter uma condição de preparar o seu produto, a ponto de alcançar a prateleira do supermercado, garantir que ele possa ter ali um ingresso de forma permanente, independente de apoio governamental e alcançar a venda”, destacou o ministro.
O produtor na Quitanda da Agricultura, Edivar Braga, que atua na zona rural de Teresina, conta que com o programa é possível baratear a venda dos produtos, o que atrai clientela. “Esse programa da quitanda veio para eliminar o intermediário, hoje temos uma boa aceitação com o consumidor devido ao preço do produto comercializado aqui. Essa visita do G20 é ótima para dar visibilidade ao projeto e nossa produção, além de fortalecer o combate à fome e a pobreza”, destacou o agricultor.
O evento do G20 em Teresina não só destacou a importância da agricultura familiar para o combate à fome e à pobreza, mas também mostrou como políticas públicas bem estruturadas podem transformar comunidades inteiras, proporcionando dignidade e qualidade de vida aos agricultores.
Fonte: ASCOM do Governo do Piauí
Tags
Geral