TCE-PI promove letramento racial e debate sobre racismo estrutural no Brasil

Curso aborda história da colonização sob perspectiva africana e reforça papel do Estado na promoção da igualdade racial


Imagem divulgação TCE-PI 

O Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI), por meio do Comitê de Equidade Racial e da Escola de Gestão e Controle (EGC), promoveu nesta sexta-feira (16) o curso de Letramento Racial, com o intuito de aprofundar a discussão sobre o racismo estrutural e a história da colonização no Brasil. A atividade aconteceu na Sala 05 da EGC e foi ministrada por Mamadú Saido Djaló, doutorando em Políticas Públicas pela UFPI e assistente de operações na DFPP – TCE/PI.


O Comitê de Equidade Racial foi criado em 2023 com a missão de fomentar ações de enfrentamento ao racismo e fortalecer políticas públicas voltadas à igualdade racial e justiça social. Durante a exposição, a conselheira Flora Izabel, presidente do comitê, destacou a relevância da iniciativa para embasar os servidores do tribunal com uma visão crítica sobre os processos históricos que estruturaram o racismo no país.

A Superintendente de Igualdade Racial e Povos Originários da Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos, Assunção Aguiar, participou da abertura do curso e ressaltou que o racismo estrutural ainda é um dos principais fatores que relegam a população negra aos empregos mais precarizados e de menor remuneração no Brasil.

Mamadú Saido enfatizou que o curso busca apresentar a história da colonização do Brasil a partir de uma perspectiva africana, provocando uma reflexão sobre os silenciamentos históricos. “Consiste numa tentativa de fazer uma arqueologia do conhecimento, considerando que somos um país que foi escravizado. A história foi mal contada e isso faz com que a sociedade continue sendo mais racista, porque as pessoas não conhecem a verdadeira história daquilo que aconteceu”, explicou. Ele ainda reiterou que todos os dados evidenciam que a população negra permanece como a mais desfavorecida, o que evidencia a ausência do Estado em garantir equidade de oportunidades.


Fonte: TCE-PI 

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem