Papa Leão XIV faz apelo pela paz: “Que a diplomacia silencie as armas antes do abismo”

Líder da Igreja alerta para risco de escalada irreversível no Oriente Médio e cobra responsabilidade da comunidade internacional

O papa Leão XIV - Créditos: Alberto PIZZOLI / AFP.

O papa Leão XIV fez, neste domingo (22), um forte apelo à comunidade internacional em favor da paz no Oriente Médio. Diante da escalada dos conflitos, especialmente após os bombardeios dos Estados Unidos contra instalações nucleares do Irã, o líder da Igreja Católica pediu que “a diplomacia silencie as armas antes que o mundo mergulhe em um abismo irreparável”.

“Chegam notícias alarmantes do Oriente Médio, especialmente do Irã”, afirmou. O pontífice lembrou ainda que, enquanto os olhos do mundo estão voltados para as tensões militares, o sofrimento das populações locais, sobretudo em Gaza, Israel, Palestina e regiões vizinhas, corre o risco de ser esquecido.

“Hoje, mais do que nunca, a humanidade clama e implora por paz. É um grito que exige responsabilidade e razão, e não deve ser sufocado pelo clamor das armas ou por discursos que apenas alimentam o conflito”, declarou.

Leão XIV alertou que nenhuma vitória militar será capaz de reparar as dores causadas pela guerra. “A guerra não resolve problemas, ela os multiplica. Cria feridas profundas na história dos povos, que levam gerações para cicatrizar. Nenhuma vitória armada compensa a dor das mães, o medo das crianças e o futuro roubado das famílias”, afirmou.

Aumenta a tensão no Oriente Médio

O pronunciamento do papa ocorre após uma escalada sem precedentes na tensão internacional. Neste sábado (21), os Estados Unidos bombardearam três instalações nucleares iranianas — Fordow, Natanz e Isfahan — sob a justificativa de eliminar ameaças à segurança global.

Em retaliação, o Irã disparou mais de 40 mísseis contra cidades de Israel, incluindo Tel Aviv e Jerusalém, agravando ainda mais o clima de guerra na região. Israel, por sua vez, respondeu com ataques aéreos contra alvos iranianos na Síria e reforçou a mobilização de tropas nas fronteiras.

Diante desse cenário, o papa Leão XIV reforçou: “Que as nações moldem seu futuro com obras de paz e não com violência. O mundo não pode permanecer refém da lógica das armas.”

O apelo do pontífice ecoa junto a organizações internacionais, que já manifestaram preocupação com o risco de uma guerra em escala global. A ONU e a União Europeia pedem contenção, enquanto potências como Rússia e China pressionam por uma solução diplomática urgente.

Fonte: Agência Brasil

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