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| Fonte: icardo Stuckert/PR |
Durante o diálogo, os presidentes acertaram uma visita oficial ao México nos dias 27 e 28 de agosto. A missão será liderada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que irá acompanhado de uma comitiva de empresários brasileiros dos mais diversos setores.
De acordo com nota oficial do Palácio do Planalto, Lula sugeriu que a viagem sirva como ponto de partida para iniciar negociações em torno de um novo acordo comercial entre Brasil e México. O objetivo seria ampliar o fluxo de comércio bilateral e construir um ambiente mais favorável para investimentos conjuntos em áreas estratégicas.
Entre os setores destacados por Lula e Sheinbaum estão os de biocombustíveis, agropecuária, indústria farmacêutica, aeroespacial, inovação e educação. A parceria mira, além da expansão do comércio, uma cooperação técnica e científica que reforce a competitividade das economias dos dois países.
A visita de Alckmin ganha ainda mais relevância diante do recrudescimento das tensões comerciais com os Estados Unidos. No início de julho, o presidente norte-americano Donald Trump anunciou a imposição de novas tarifas sobre produtos brasileiros. A medida foi seguida por uma ofensiva semelhante contra o México, impactando significativamente exportações estratégicas dos países latino-americanos.
Diante do novo cenário, o Brasil tem buscado alternativas para reduzir sua dependência do mercado norte-americano e diversificar suas parcerias comerciais. Alckmin, que também tem liderado o diálogo com empresários e representantes do governo norte-americano, agora assume papel central na costura de novos arranjos diplomáticos e comerciais com vizinhos estratégicos da América Latina.
O governo brasileiro aposta que a aliança com o México pode se consolidar como uma resposta coordenada à crescente instabilidade nas relações com os EUA, além de abrir espaço para uma frente regional voltada ao desenvolvimento sustentável, inovação tecnológica e competitividade industrial.
Fonte: Agência Brasil
