Falsos taxistas usam maquininhas adulteradas para roubar senhas e trocar cartões; mais de R$ 4,8 bilhões foram desviados em um ano.
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Imagem reprodução |
O Brasil enfrenta uma explosão nos casos de estelionato: só em 2024, mais de dois milhões de ocorrências foram registradas — uma média de quatro vítimas por minuto. Entre os golpes que mais crescem está o da maquininha adulterada, com uma nova estratégia envolvendo falsos taxistas.
Câmeras de segurança mostram a tática: o carro se passa por táxi, o passageiro entra distraído, e ao final da corrida, o criminoso alega que não aceita Pix, exigindo o cartão com senha. Com uma maquininha modificada, ele captura a senha e troca o cartão da vítima, que só percebe o golpe depois de grandes valores debitados.
Aposentados, turistas e até celebridades, como o médico Thales Bretas, viúvo de Paulo Gustavo, já foram vítimas. Em um dos casos, o prejuízo foi de R$ 4.900. A Polícia Civil alerta que os criminosos utilizam maquininhas sem visor, telas no celular e botões escondidos que simulam erro na transação para visualizar senhas.
Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o golpe da maquininha causou um prejuízo estimado em R$ 4,8 bilhões em apenas 12 meses. A facilidade e o baixo risco de punição têm atraído criminosos para esse tipo de estelionato, enquanto os roubos caíram 51% no mesmo período.
A polícia recomenda:
Priorize táxis por aplicativo ou pontos oficiais;Evite entregar o cartão em mãos ou digitar senhas em maquininhas duvidosas;
Prefira pagamentos por aproximação ou Pix;
Fique atento se o motorista simular falhas técnicas.
A tecnologia, que deveria trazer segurança e comodidade, se tornou uma ferramenta perigosa nas mãos erradas. A prevenção e a desconfiança são hoje as principais defesas do cidadão.
Fonte: G1