EUA enviam destróieres para a costa da Venezuela em operação antidrogas

Três navios de guerra com 4 mil militares reforçam pressão contra cartéis latino-americanos, enquanto Maduro promete defender território

Destroier de mísseis guiados da classe Zumwalt USS Zumwalt (DDG 1000) navega pelo Oceano Pacífico  • Seaman Christopher Sypert/U.S. Navy/Cover Images/Reuters

Washington/Teresa, 18 de agosto de 2025 – Os Estados Unidos decidiram intensificar sua presença militar no Caribe e enviaram três navios destróieres de mísseis guiados para a costa da Venezuela. O objetivo, segundo fontes ligadas ao governo norte-americano, é ampliar as ações de combate aos cartéis de drogas que atuam na América Latina e que, nos últimos meses, vêm sendo tratados pela administração americana como organizações terroristas globais.

Força naval mobilizada

De acordo com duas fontes citadas pela Reuters, os navios USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson devem chegar à região em até 36 horas. A operação envolve cerca de 4.000 marinheiros e fuzileiros navais, além de aeronaves de vigilância P-8, pelo menos um submarino de ataque e outras embarcações de apoio.

O esforço, afirmam os oficiais, não se restringirá a ações de patrulha. Os recursos militares também podem ser empregados para operações de inteligência, vigilância e até ataques direcionados, caso a Casa Branca autorize.

Maduro reage e fala em “ameaça imperial”

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reagiu ao anúncio e declarou que o país está pronto para defender seus mares, céus e terras. Em discurso transmitido pela televisão estatal, ele classificou a movimentação dos EUA como “a estranha e bizarra ameaça de um império em declínio”.

Política antidrogas da era Trump

A medida faz parte de uma estratégia traçada pelo então presidente Donald Trump, que desde o início do seu mandato intensificou a repressão ao tráfico de drogas como parte de um esforço para conter a migração e reforçar a segurança na fronteira sul dos EUA.

Nos últimos meses, Washington já havia deslocado dois navios de guerra para o Caribe e ampliado a vigilância aérea sobre cartéis mexicanos, como forma de identificar rotas de tráfico e possíveis ações de infiltração.

Em fevereiro, o governo norte-americano designou o Cartel de Sinaloa, do México, e o Tren de Aragua, da Venezuela, como organizações terroristas internacionais – medida que ampliou a base legal para operações militares e de inteligência.

Escalada na região

Analistas apontam que a presença de destróieres e submarinos em águas próximas à Venezuela pode aumentar a tensão diplomática e militar na região. Além da vigilância, os EUA buscam dissuadir possíveis alianças criminosas e dificultar a expansão de grupos que já dominam territórios estratégicos no tráfico internacional de drogas.

Enquanto isso, a Venezuela, em meio a sua crise econômica e política, vê na retórica de enfrentamento uma forma de reafirmar soberania diante da pressão externa.

Fonte: CNN Brasil

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