Proposta enviada ao Congresso ainda depende da inflação oficial; piso nacional deve impactar benefícios do INSS e despesas públicas
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O governo federal incluiu no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026 a previsão de reajuste de 7% no salário mínimo, elevando o valor do piso nacional para R$ 1.631 a partir de janeiro do próximo ano. O documento foi encaminhado ao Congresso Nacional na noite desta sexta-feira (29).
De acordo com a política de valorização adotada pelo governo Lula, o cálculo combina a variação da inflação do período — medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) — com o crescimento do PIB de dois anos anteriores, que pode variar de 0,6% a 2,5%. O resultado oficial será conhecido apenas em dezembro, quando o IBGE divulgar o índice acumulado da inflação de 2025.
A definição do salário mínimo é estratégica, pois serve como referência não apenas para os trabalhadores formais, mas também para benefícios sociais e previdenciários, como os pagos pelo INSS, que têm reajuste automático atrelado ao novo valor.
Segundo a ministra do Planejamento, Simone Tebet, esta correção representará um dos maiores ganhos reais da história recente. Apenas a alteração de R$ 1 na projeção anterior (de R$ 1.630 para R$ 1.631) implica impacto adicional de R$ 420 milhões no orçamento da União.
Com isso, estima-se que cerca de 60 milhões de brasileiros serão diretamente beneficiados pela elevação do piso.
