Sessões começam em 2 de setembro; oito acusados, incluindo militares e ex-ministros, podem ser condenados por crimes contra o Estado Democrático de Direito
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| Foto: Lula Marques/Agência Brasil |
O Supremo Tribunal Federal (STF) dará início na próxima terça-feira (2) ao julgamento que pode marcar a história da democracia brasileira. No banco dos réus estarão o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados, acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de liderar uma organização criminosa armada e articular uma tentativa de golpe de Estado após a derrota eleitoral em 2022.
O processo envolve crimes graves, como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Pela primeira vez desde a redemocratização, um ex-presidente da República e generais do Exército podem ser condenados por ataques contra a ordem constitucional.
Com oito sessões já agendadas entre os dias 2 e 12 de setembro, o julgamento terá esquema especial de segurança, presença maciça da imprensa e acompanhamento presencial de advogados e cidadãos credenciados. O relator Alexandre de Moraes será o primeiro a votar, seguido pelos ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.
Apesar da expectativa, uma eventual prisão dos condenados não será imediata: a lei prevê que só pode ocorrer após o julgamento de recursos. Caso confirmada, a execução da pena será em alas especiais de presídios ou dependências militares, devido às prerrogativas de alguns réus.
Fonte: Agência Brasil
