Ministro da Saúde faz apelo à população após aumento de intoxicações; governo federal amplia estoques de antídotos e intensifica investigações sobre bebidas adulteradas
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Foto: Foto: Gabriel Paulino |
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em visita a Teresina (PI) neste sábado (04/10), fez um alerta direto à população brasileira sobre o aumento dos casos de intoxicação por metanol. Segundo o ministro, bebidas destiladas em garrafas com lacre de rosca têm apresentado maior risco de adulteração e devem ser evitadas.
Padilha destacou que os testes laboratoriais realizados até o momento identificaram metanol apenas em bebidas com tampas rosqueáveis, sem registros em latas, que são mais difíceis de violar.
“Estamos falando de um produto de lazer, não essencial. Então, evite o risco no seu momento de lazer”, alertou o ministro.
De acordo com o Ministério da Saúde, 127 casos suspeitos de intoxicação foram notificados em 12 estados brasileiros, com 11 confirmações laboratoriais e uma morte registrada. Padilha esclareceu que o crescimento recente se deve ao aumento de notificações clínicas, e não necessariamente de casos confirmados.
Para conter a crise, o governo federal reforçou os estoques de antídotos, adquirindo 12 mil ampolas de etanol farmacêutico e 2.500 tratamentos com Fomepizol, medicamento importado do Japão.
“Com isso, o Brasil passa a contar com dois antídotos eficazes para o tratamento de intoxicações por metanol”, afirmou o ministro.
A Anvisa também divulgou uma lista com 609 farmácias de manipulação autorizadas a produzir o etanol farmacêutico em caráter emergencial. As investigações sobre as bebidas adulteradas seguem sob coordenação da Polícia Federal, com apoio das secretarias estaduais de saúde e das vigilâncias sanitárias.
Padilha encerrou reforçando o apelo à população: “O cuidado individual é essencial neste momento. Se houver qualquer suspeita de adulteração, denuncie e evite o consumo.”