Prefeito e vice são cassados no Piauí por compra de votos e coação de eleitores

Sentença cita ameaças, promessas de vantagens e retaliação contra eleitores.

Dijalma Mascarenhas e Clézio Gomes - Foto:Reprodução/TSE

A Justiça Eleitoral da 35ª Zona de Gilbués cassou os mandatos do prefeito de Monte Alegre do Piauí, Dijalma Gomes Mascarenhas, e do vice-prefeito, Clézio Gomes da Silva, eleitos em 2024. A decisão determinou ainda a suspensão dos direitos políticos por oito anos, após reconhecer abuso de poder político e compra de votos.

A investigação constatou que, durante a campanha, os candidatos visitaram eleitores na localidade Riacho Morto, acompanhados de seguranças armados, ameaçando moradores com a perda da moradia — um prédio público desativado — e do serviço comunitário de bombeamento d’água caso não apoiassem a chapa. Houve também promessa de entrega de escritura em troca de votos.

Após as eleições, foi confirmado que o nome de um servidor ligado às vítimas foi retirado da folha de pagamento, configurando retaliação política.
Apesar da defesa contestar as acusações, o juiz Antônio Fábio Fonseca de Oliveira afirmou que o processo reuniu provas testemunhais e documentais robustas.

Com a cassação, o TRE-PI será comunicado para convocar novas eleições em Monte Alegre, conforme determina o artigo 224 do Código Eleitoral.
A decisão foi publicada em 25 de outubro de 2025 e ainda cabe recurso.

Fonte: Cidade Verde

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