Como votou a bancada do Piauí sobre o projeto que reduz penas dos condenados de 8 de janeiro

Deputados piauienses se dividem em votação que pode beneficiar réus, incluindo Jair Bolsonaro

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados aprovou, na madrugada desta quarta-feira (10), o projeto que pode reduzir as penas de condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 e pela tentativa de golpe de Estado. O texto passou por 291 votos a 148 e agora segue para o Senado.

Entre os dez deputados federais do Piauí, seis votaram contra a proposta, dois foram favoráveis e dois estiveram ausentes.
Veja como cada um votou:

Votaram sim:
Átila Lira (Progressistas)

Elmano Férrer (Progressistas)

Votaram não: 

Castro Neto (PSD)

 Dr. Francisco (PT)

Flávio Nogueira (PT)

Florentino Neto (PT)

Marcos Aurélio Sampaio (PSD)

Merlong Solano (PT)

Estavam ausentes: 

Jadyel Alencar (Republicanos)

Júlio César (PSD)

O texto aprovado foi elaborado pelo relator Paulinho da Força (Solidariedade-SP) e altera a forma de cálculo das penas para tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado quando cometidos no mesmo contexto. Pela nova regra, caso se torne lei, prevalece apenas a pena mais grave, e não a soma das duas, como ocorre hoje.

Inicialmente, o projeto previa anistia ampla aos envolvidos, mas esse trecho foi retirado ao longo da tramitação.

Se sancionada, a mudança poderá reduzir significativamente o tempo de prisão de diversos condenados pelo STF, entre eles Jair Bolsonaro, Almir Garnier, Paulo Sérgio Nogueira, Braga Netto, Augusto Heleno, Anderson Torres e Alexandre Ramagem. As penas atuais variam de 16 a 24 anos de reclusão em regime fechado.

A retroatividade da lei pode levar o STF a revisar as penas, aplicando apenas a sanção mais severa, de 4 a 12 anos pelo crime de tentativa de golpe de Estado, com eventual aplicação de agravantes, atenuantes e descontos por trabalho ou estudo. Estimativas da oposição apontam que, no caso de Bolsonaro, o tempo em regime fechado poderia ser reduzido de 7 anos e 8 meses para cerca de 2 anos e 4 meses, decisão que caberá ao Supremo.

A proposta segue agora para análise dos senadores, que decidirão se o projeto será mantido, alterado ou arquivado.

Fonte: Cidade Verde

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