Pagamento envolve operador apontado pela PF e coloca foco sobre escolha para vaga do Quinto Constitucional
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| Imagem reprodução OAB-PI |
O advogado Mário Basílio, nome mais cotado para assumir a vaga de desembargador no Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), recebeu ao menos R$ 2 milhões de Juarez Chaves de Azevedo Júnior, que é investigado pela Polícia Federal como um dos principais articuladores do esquema de venda de sentenças no tribunal.
Basílio, que já advogou para o governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), e é considerado próximo ao gestor, foi escolhido nesta sexta-feira (5/12) para integrar a lista tríplice do TJ-PI pelo Quinto Constitucional. Agora, depende apenas da nomeação do governador para assumir o cargo.
Os pagamentos feitos por Juarez aparecem inclusive nos autos do processo que tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O caso integra a investigação que mira o gabinete do desembargador José James Gomes Pereira e teve origem em 2024, quando a PF apurava invasões ao sistema interno do TJ-PI. Durante as diligências, os investigadores encontraram um arquivo intitulado “Esquema-TJPI.pdf” no celular de um assessor do magistrado.
De acordo com a PF, Juarez era responsável por centralizar pagamentos de interessados em adquirir decisões judiciais e distribuir valores, inclusive à filha do desembargador. Pessoas próximas a Mário Basílio confirmam, sob anonimato, que houve a transferência de R$ 2 milhões, mas afirmam que o valor se refere à atuação dele em um processo de regularização fundiária.
Segundo esses interlocutores, um grupo estrangeiro teria contratado inicialmente Juarez para tratar do caso, mas, diante da falta de avanços, determinou que Mário Basílio assumisse a condução do processo, repassando a ele parte do montante já pago ao operador investigado.
A reportagem tentou contato com Mário Basílio e com Juarez Chaves de Azevedo Júnior, mas não obteve resposta. O espaço permanece aberto para manifestações.
Fonte: Metrópoles
