![]() |
Imagem: Danilo Verpa/Folhapress |
O ano de 2023 registrou uma inflação de 4,62%, de acordo com o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), ficando abaixo do teto da meta estabelecida. Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na manhã desta quinta-feira (11).
Em dezembro, o índice teve um aumento de 0,56%, marcando o sexto mês consecutivo de alta. Esse valor foi 0,28 ponto percentual superior à taxa de novembro, que foi de 0,28%.
A inflação para cada grupo pesquisado em dezembro foi a seguinte:
- Alimentação e bebidas: 1,11%
- Habitação: 0,34%
- Artigos de residência: 0,76%
- Vestuário: 0,7%
- Transportes: 0,48%
- Saúde e cuidados pessoais: 0,35%
- Despesas pessoais: 0,48%
- Educação: 0,24%
- Comunicação: 0,04%
Destaques do IPCA em Dezembro:
Todos os grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram aumento no mês. O grupo de Alimentação e Bebidas teve a maior variação (1,11%), com maior impacto (0,23 p.p.) no índice. Destacam-se os aumentos nos preços da batata-inglesa (19,09%), feijão-carioca (13,79%), arroz (5,81%) e frutas (3,37%). O leite longa vida, no entanto, registrou queda pelo sétimo mês consecutivo (-1,26%).
A temperatura elevada e o aumento das chuvas no país influenciaram a produção de alimentos, especialmente os in natura, mais sensíveis às variações climáticas.
O grupo de Transportes também teve impacto significativo, com aumento nos preços das passagens aéreas (8,87%). Todos os combustíveis registraram queda de preços: óleo diesel (-1,96%), etanol (-1,24%), gasolina (-0,34%) e gás veicular (-0,21%). A gasolina, apesar de cair pelo terceiro mês seguido, manteve-se como o subitem de maior peso entre os 377 pesquisados pelo índice.
Inflação no Ano de 2023:
A meta da inflação para 2023 era de 3,25%, com variação de 1,5 ponto percentual para mais ou menos (de 1,75% a 4,75%). O resultado de 2023 ficou abaixo do teto da meta, contrastando com a inflação de 2022, que foi de 5,79%.
O IPCA de 2023 foi influenciado principalmente pelo grupo de Transportes (7,14%), que teve o maior impacto (1,46 p.p.) no acumulado do ano. Os grupos de Saúde e Cuidados Pessoais (6,58%) e Habitação (5,06%) aparecem em seguida, com impactos de 0,86 p.p. e 0,77 p.p., respectivamente. O grupo de Alimentação e Bebidas subiu 1,03% no período.
O grupo de Alimentação e Bebidas, que se destacou em dezembro, teve alta de 1,03% em 2023. No acumulado do ano, a queda nos preços da alimentação no domicílio (-0,52%) impactou o resultado. O óleo de soja (-28,00%), frango em pedaços (-10,12%) e carnes (-9,37%) registraram deflação.
Os grupos pesquisados em 2023 e a comparação com 2022 foram:
- Alimentação e Bebidas: 1,03% (11,64% em 2022)
- Habitação: 5,06% (0,07% em 2022)
- Artigos de Residência: 0,27% (7,89% em 2022)
- Vestuário: 2,92% (18,02% em 2022)
- Transportes: 7,14% (-1,29% em 2022)
- Saúde e Cuidados Pessoais: 6,58% (11,43% em 2022)
- Despesas Pessoais: 5,42% (7,77% em 2022)
- Educação: 8,24% (7,48% em 2022)
- Comunicação: 2,89% (-1,02% em 2022)