Primeira produção brasileira indicada a Melhor Filme também concorre a Filme Internacional e Melhor Atriz
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Foto divulgação do Filme Ainda Estou Aqui |
O cinema brasileiro alcançou um marco inédito nesta quinta-feira (23): "Ainda Estou Aqui", dirigido por Walter Salles, recebeu três indicações ao Oscar 2025, incluindo a principal categoria, Melhor Filme. É a primeira vez na história que uma produção nacional disputa o maior prêmio da Academia.
O longa também foi indicado a Melhor Filme Internacional e garantiu à atriz Fernanda Torres uma nomeação ao prêmio de Melhor Atriz, consolidando a força do cinema nacional na maior premiação do mundo. A cerimônia acontecerá no dia 2 de março, em Los Angeles, com apresentação de Conan O'Brien.
Uma obra de peso
Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, "Ainda Estou Aqui" narra a trajetória transformadora de Eunice Paiva (Fernanda Torres), que passa de dona de casa nos anos 1970 a uma das maiores ativistas de Direitos Humanos do Brasil após o assassinato de seu marido, o ex-deputado Rubens Paiva (Selton Mello), pela ditadura militar.
A produção, um longa original do Globoplay, já coleciona prêmios e também concorre ao BAFTA, o "Oscar britânico", cuja cerimônia está marcada para 16 de fevereiro.
Concorrência e legado brasileiro
Em Melhor Filme, "Ainda Estou Aqui" disputa com nomes de peso como "Duna: Parte 2" e "Wicked", enquanto Fernanda Torres enfrenta talentos renomados, incluindo Cynthia Erivo ("Wicked") e Demi Moore ("A Substância").
Na categoria Melhor Filme Internacional, esta é a quinta indicação de uma obra brasileira. Os outros filmes indicados foram:
- "O Pagador de Promessas" (1963)
- "O Quatrilho" (1996)
- "O Que É Isso, Companheiro?" (1998)
- "Central do Brasil" (1999)
Apesar de nunca ter conquistado uma estatueta, a presença do Brasil no Oscar sempre gerou grande expectativa e reconhecimento internacional.
Com "Ainda Estou Aqui", o país renova suas esperanças de brilhar na maior festa do cinema mundial, marcando um novo capítulo na história do audiovisual brasileiro.
Fonte: G1