Trump diz que ataque visa “segurança global”; Irã reage com mísseis contra Israel e ONU alerta risco de guerra de grandes proporções.
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Foto: Reuters/Carlos Barria |
Os Estados Unidos realizaram na madrugada deste domingo (22), no horário local, uma ofensiva militar de larga escala contra três instalações nucleares estratégicas do Irã. A operação, autorizada diretamente pelo presidente Donald Trump, teve como alvos os complexos subterrâneos de Fordow, Natanz e Isfahan, considerados peças-chave no programa nuclear iraniano.
Alvos e justificativas dos EUA
Em pronunciamento poucas horas após o ataque, Trump confirmou a autoria e justificou a ação como uma medida de proteção global.
“As instalações de enriquecimento nuclear do Irã foram completamente e totalmente obliteradas. Se formos atacados, o poder total das Forças Armadas dos Estados Unidos virá sobre vocês em níveis nunca antes vistos”, declarou Trump em tom ameaçador.
Apesar da retórica agressiva, o presidente norte-americano também abriu espaço para uma possível retomada do diálogo:
“Agora é a hora da paz — mas cabe ao regime iraniano decidir. Lembrem-se: ainda há muitos alvos restantes.”
O governo dos EUA alega que os alvos eram componentes essenciais do avanço nuclear iraniano e que a ofensiva buscou eliminar uma “ameaça iminente à segurança internacional”.
Irã reage com mísseis contra Israel
Horas após o ataque americano, o Irã retaliou disparando mais de 40 mísseis contra alvos em Israel, incluindo as cidades de Tel Aviv, Haifa e regiões próximas a Jerusalém. A ofensiva causou explosões, destruição e deixou dezenas de feridos, embora até o momento não haja confirmação de mortes.
O governo israelense respondeu imediatamente com contra-ataques aéreos direcionados a posições militares iranianas na Síria, além de iniciar a mobilização de tropas nas fronteiras norte e sul.
Reações internacionais: mundo em alerta
A escalada militar gerou fortes reações em todo o mundo. O secretário-geral da ONU, António Guterres, fez um apelo dramático:
“Pedimos máxima contenção. O mundo está à beira de uma catástrofe regional com impactos globais”.
A União Europeia expressou “profunda preocupação” e convocou uma reunião emergencial com os chanceleres dos países membros.
Rússia e China condenaram severamente os ataques dos EUA e exigiram uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU, alertando que uma escalada pode resultar em consequências irreversíveis para a estabilidade global.
Mercados em pânico e preço do petróleo dispara
O mercado financeiro reagiu imediatamente. O preço do barril de petróleo saltou mais de 11% após o Irã ameaçar bloquear o Estreito de Hormuz, rota estratégica por onde passa cerca de 20% do petróleo global. A bolsa de valores de Tóquio e os mercados europeus abriram em forte queda, enquanto Wall Street prevê um início de semana extremamente volátil.
Crise política interna nos EUA
A decisão de Trump também reacendeu uma intensa crise política doméstica. Parlamentares do Partido Democrata acusaram o presidente de ter iniciado uma guerra sem autorização do Congresso, violando a Constituição dos EUA.
A deputada Alexandria Ocasio-Cortez afirmou:
“Trump pode ter iniciado uma guerra sem respaldo legal. Isso é uma afronta à democracia e ao povo americano.”
Por outro lado, integrantes da ala mais conservadora, como o senador Lindsey Graham, defenderam o ataque:
“Foi uma resposta firme, necessária e preventiva contra um regime hostil e que ameaça o mundo.”
Risco de conflito regional ou mundial?
Analistas internacionais avaliam que o Oriente Médio vive seu momento mais tenso desde a Guerra do Golfo, nos anos 90. Uma possível guerra direta entre EUA, Irã e Israel pode arrastar outras potências e transformar o conflito em algo de escala global.
E agora?
Fontes diplomáticas confirmam que canais de negociação continuam abertos, mas o clima é de extrema tensão. Até o fechamento desta matéria, não havia sinal de cessar-fogo.
Fonte: IG