Alerta global é emitido após tremor de grande magnitude gerar ondas destrutivas em diversos países do Círculo de Fogo
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Foto: EFE/EPA/CENTRO GEOFÍSICO DA ACADEMIA RUSSA DE CIÊNCIAS |
Um terremoto de magnitude 8,8 sacudiu a região da Península de Kamtchatka, no extremo leste da Rússia, provocando um tsunami que já atingiu também o Japão e o estado do Havaí, nos EUA. O abalo ocorreu no mar, a 125 km da cidade de Petropavlovsk-Kamchatsky, a uma profundidade de apenas 19,3 km — característica que favorece a formação de ondas gigantes.
As autoridades russas confirmaram ondas de até 4 metros na costa de Kamtchatka e iniciaram evacuações emergenciais em diversas áreas. A agência estatal Tass relatou feridos e danos em aeroportos. O epicentro do tremor foi classificado como o mais forte da região desde 1952.
No Japão, ondas menores (abaixo de 1 metro) já chegaram à costa norte, mas o governo prevê que possam alcançar até 3 metros nas próximas horas. Serviços de trem foram suspensos e alertas de emergência foram emitidos, inclusive em torno da usina nuclear de Fukushima — palco da catástrofe de 2011, que também foi causada por um forte terremoto e tsunami.
O Havaí também sofreu impacto direto. Ondas chegaram à costa durante a madrugada, com o cancelamento de voos e suspensão de atividades comerciais em Maui. A evacuação de zonas costeiras foi determinada. Segundo o Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico (PTWC), “ondas destrutivas” podem atingir diversas regiões.
O alerta se estende ainda para quase toda a costa do Pacífico nas Américas, incluindo EUA, México, Chile e Equador. Embora o risco nestes países seja considerado menor, a orientação é de cautela.
A Península de Kamtchatka está localizada no chamado Círculo de Fogo do Pacífico — região conhecida por intensa atividade sísmica e vulcânica. De acordo com o USGS, este foi o sexto terremoto mais forte registrado desde o início das medições modernas, ultrapassando eventos recentes de grande destruição, como os da Turquia e Síria (2023) e do Alasca (2021).
Especialistas classificam terremotos acima de 8,0 como capazes de destruir completamente comunidades próximas ao epicentro. O potencial de impacto global ainda está sendo avaliado, mas já é considerado o maior abalo desde o desastre nuclear de Fukushima.
As autoridades seguem monitorando o risco de novas ondas e recomendam que a população evite áreas costeiras, siga alertas oficiais e mantenha a calma diante da situação crítica.
Fonte: G1