Brócolis pode reduzir risco de câncer de intestino em até 20%, aponta estudo

Revisão de 17 pesquisas destaca efeito protetor dos vegetais crucíferos, mas alerta para necessidade de cautela e novos estudos

Foto: Peter Dazeley/Getty 


Um estudo publicado na revista científica BMC Gastroenterology revelou que o consumo regular de brócolis e outros vegetais crucíferos, como couve-flor, repolho, rúcula e couve de Bruxelas, pode reduzir em até 20% o risco de câncer colorretal — também chamado de câncer de intestino.

A revisão analisou 17 pesquisas realizadas em diferentes regiões do mundo, envolvendo dados de saúde de 639 mil pessoas, das quais 97 mil foram diagnosticadas com a doença. Segundo os pesquisadores, o efeito protetor foi mais evidente quando a ingestão ficou entre 20 e 40 gramas diárias — quantidade equivalente a menos de dois talos de brócolis.

O benefício é atribuído à alta concentração de fibras, vitamina C e glucosinolatos, compostos químicos com ação anti-inflamatória que, ao serem mastigados, liberam bioativos como o sulforafano, conhecido por bloquear processos carcinogênicos e frear o crescimento de células malignas.

Sinais de alerta

O câncer de intestino é um dos mais letais no Brasil, com média de 21 mil mortes por ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Especialistas alertam para sintomas como sangue nas fezes, alteração repentina no hábito intestinal, cólicas frequentes, perda de peso sem explicação e anemia crônica.
 
Limites da pesquisa

Apesar dos resultados animadores, os cientistas recomendam cautela. Diferenças culturais e alimentares entre regiões podem influenciar os efeitos observados, e fatores como idade e histórico familiar também impactam a incidência da doença. Por isso, o estudo não deve ser interpretado como recomendação nutricional definitiva, mas como mais uma evidência da importância de uma dieta equilibrada para a prevenção do câncer.

Perspectivas

A expectativa é que futuras pesquisas detalhem ainda mais os mecanismos dos compostos bioativos presentes nos crucíferos, abrindo caminho para orientações nutricionais mais precisas e até mesmo para novas terapias preventivas.

Fonte: Metrópoles

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