Motta se reúne com líderes para definir votações na Câmara

 Base aliada quer priorizar isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência

Após uma semana marcada pelo motim que paralisou as atividades do Congresso Nacional por cerca de 36 horas, a Câmara dos Deputados se prepara para retomar o ritmo de votações. Na próxima terça-feira (12), o presidente da Casa, Hugo Motta, se reunirá com os líderes partidários para fechar a pauta das próximas sessões.

A base aliada do governo pretende aproveitar o encontro para colocar no centro das discussões o projeto de lei que eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para trabalhadores que ganham até R$ 5 mil mensais. O texto também prevê uma redução parcial do tributo para quem recebe até R$ 7 mil e um aumento significativo da alíquota para rendas superiores a R$ 600 mil por ano. A proposta foi aprovada em julho, de forma simbólica, pela comissão especial da Câmara.

A expectativa era de que o projeto fosse levado ao plenário na semana passada, mas a ocupação da Mesa Diretora por parlamentares da oposição interrompeu os trabalhos legislativos. Os oposicionistas protestavam contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro e defendiam a concessão de anistia para os condenados pela tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro.

Horas depois da desocupação, Hugo Motta negou qualquer relação entre a retomada das atividades e um possível acordo para votar a anistia. “A presidência da Câmara é inegociável. Quero que isso fique bem claro. As matérias que estão saindo sobre a negociação feita por esta presidência para que os trabalhos fossem retomados não estão vinculadas a nenhuma pauta. O presidente da Câmara não negocia suas prerrogativas, nem com a oposição, nem com o governo, nem com absolutamente ninguém”, afirmou.

Na noite de sexta-feira (8), Motta encaminhou as denúncias contra os deputados envolvidos no motim à Corregedoria da Câmara. O corregedor, deputado Diego Coronel (PSD-BA), será responsável por analisar as imagens e elaborar um parecer, que deve ser concluído até quarta-feira (13). Após essa etapa, as representações seguirão para o Conselho de Ética, onde poderão resultar em medidas disciplinares contra os parlamentares citados.

Fonte: Agência Brasil

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