Desembargador federal assume vaga deixada por Assusete Magalhães e promete atuação voltada à cidadania e aos desafios do direito penal
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Posse do Ministro Carlos Brandão - Foto reprodução do STJ |
O desembargador federal Carlos Augusto Pires Brandão, natural de Teresina, tomou posse nesta quinta-feira (4) como ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília. Ele ocupa a vaga aberta após a aposentadoria da ministra Assusete Magalhães, em janeiro de 2024.
Em entrevista, Brandão destacou que toda a sua trajetória profissional foi pautada pela efetivação das três dimensões da cidadania: civil, política e social. O novo ministro afirmou que seu trabalho no STJ estará voltado especialmente para os desafios do direito penal, tema sensível e de grande impacto para o sistema de justiça brasileiro.
A solenidade contou com a presença de ministros do Supremo Tribunal Federal, entre eles Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin, além do governador do Piauí, Rafael Fonteles, e do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias. Autoridades do Judiciário e do meio político nacional também acompanharam a cerimônia.
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Posse do Ministro Carlos Brandão - Foto reprodução do STJ |
Embora não tenha discursado, como determina a tradição da Corte, foi homenageado pelo presidente do STJ, ministro Herman Benjamin, que destacou sua vida acadêmica e profissional e brincou com sua formação em engenharia elétrica:
Mais cedo, Brandão participou de missa em ação de graças na Catedral de Brasília. Sua nomeação foi oficializada em 20 de agosto no Diário Oficial da União, após indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e escolha em lista tríplice formada pelo Pleno do STJ em outubro de 2024.
Trajetória acadêmica e profissional
Carlos Brandão é bacharel em Direito pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), mestre pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e doutor pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Também é engenheiro eletricista pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Ingressou na magistratura federal em 1997, após atuar como promotor de Justiça e procurador da República. Em 2015, tornou-se desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), onde desempenhou funções em turmas, sessões e comissões, além de coordenar projetos de cidadania, como o programa Casas de Justiça e Cidadania.
Casado há 36 anos com a médica Aura Denise Brandão, é pai, avô e mantém atuação acadêmica como professor da UFPI, conciliando vida profissional, acadêmica e familiar em uma trajetória marcada pelo compromisso com a justiça e a cidadania.
Fonte: Cidade Verde