Presidentes do Brasil e dos EUA se cruzaram nos bastidores da ONU em meio à crise diplomática mais grave em dois séculos
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| 23.set.2025 - Lula e Trump em seus discursos na ONUImagem: Michael M. Santiago / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP |
Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump protagonizaram hoje (23) um dos momentos mais aguardados da Assembleia Geral da ONU, em Nova York. O líder norte-americano afirmou que os dois se abraçaram em um rápido encontro e combinaram uma reunião para a próxima semana, sem detalhar local nem data.
“Tenho um pequeno problema em dizer isso, porque devo dizer que eu estava entrando e o líder do Brasil estava saindo. Nós nos vimos. Eu o vi, ele me viu e nós nos abraçamos. E então eu estou dizendo. Você acredita que eu vou dizer isso em apenas dois minutos? Mas nós realmente concordamos que nos encontraríamos na próxima semana. Nós não tivemos muito tempo para falar, cerca de 20 segundos. Eles estavam em retrospecto. Estou feliz de ter esperado”, declarou Trump.
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| Lula sorri ao ouvir Trump dizer que "gostou dele" durante discurso na ONUImagem: Reprodução |
O encontro ocorreu nos bastidores da Assembleia Geral. Lula havia acabado de abrir os discursos da cúpula mundial, sem a presença de Trump na sala e sem aplausos da delegação dos Estados Unidos. Na sequência, o republicano discursou, enquanto o presidente brasileiro acompanhava da plateia.
A aproximação acontece em meio ao pior momento das relações bilaterais em 201 anos. Um dia antes, a Casa Branca voltou a acionar a Lei Global Magnitsky contra alvos brasileiros, incluindo autoridades ligadas ao Supremo Tribunal Federal, como resposta à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado e outros crimes.
Desde agosto, Trump acusa o Brasil de promover uma “caça às bruxas” contra seu aliado político, além de criticar decisões do STF que regulam big techs. Segundo o republicano, as medidas brasileiras violam a liberdade de expressão e causam prejuízos a empresas e cidadãos americanos. Em 6 de agosto, os EUA impuseram uma tarifa de 50% sobre aproximadamente 60% das exportações brasileiras, agravando ainda mais o cenário de tensão.
Fonte: UOL