Ex-presidente foi detido em casa no Jardim Botânico; mandado foi solicitado pela própria PF após vigília convocada por Flávio Bolsonaro
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| Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil |
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso pela Polícia Federal na manhã deste sábado (22), em sua casa, em Brasília. A PF cumpriu um mandado de prisão preventiva solicitado pela própria corporação e autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Viaturas descaracterizadas chegaram à residência do ex-mandatário, em um condomínio no Jardim Botânico, por volta das 6h. Após a detenção, Bolsonaro foi levado à Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal e, em seguida, encaminhado ao Instituto Nacional de Criminalística (INC) para realização de exame de corpo de delito, procedimento padrão em casos de prisão.
Na decisão que autorizou a prisão, o ministro Alexandre de Moraes afirma que a reunião convocada por aliados e apoiadores poderia provocar tumulto e até mesmo facilitar uma “eventual tentativa de fuga do réu”. O despacho ressalta ainda que foi verificada tentativa de violar a tornozeleira eletrônica utilizada por Bolsonaro, o que, segundo Moraes, reforça o risco à execução das medidas cautelares impostas anteriormente.
O ministro determinou também a realização de audiência de custódia, por videoconferência, neste domingo (23), na Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal. Além disso, ordenou que seja garantido atendimento médico em tempo integral ao ex-presidente, em razão do quadro de saúde já informado aos autos.
A decisão estabelece ainda que todas as visitas a Bolsonaro deverão ser previamente autorizadas pelo STF, com exceção dos advogados constituídos e da equipe médica responsável pelo acompanhamento de seu tratamento de saúde.
Paralelamente, a defesa de Jair Bolsonaro apresentou pedido a Alexandre de Moraes para a concessão de prisão domiciliar humanitária, alegando questões de saúde e a necessidade de cuidados médicos contínuos fora do ambiente carcerário. O pedido ainda será analisado pelo ministro.
