Arroz, tomate e carne puxam redução de preços em maio, mas São Paulo segue com o maior custo médio do país
![]() |
Foto: FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL |
O preço da cesta básica caiu em 15 das 17 capitais brasileiras pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) durante o mês de maio. Segundo os dados divulgados nesta sexta-feira (7), as maiores reduções foram observadas no Recife (-2,56%), em Belo Horizonte (-2,50%) e Fortaleza (-2,42%).
As únicas capitais que registraram aumento foram Florianópolis, com leve alta de 0,09%, e Belém, com 0,02%. Em São Paulo, embora tenha havido queda, a capital paulista segue liderando o ranking com a cesta mais cara do Brasil, custando R$ 896,15.
Em seguida, aparecem Florianópolis (R$ 858,93), Rio de Janeiro (R$ 847,99) e Porto Alegre (R$ 819,05). Na outra ponta, os menores valores foram registrados em Aracaju (R$ 579,54), Salvador (R$ 628,97), Recife (R$ 636,00) e João Pessoa (R$ 636,73). Nas regiões Norte e Nordeste, a composição da cesta básica costuma incluir produtos diferentes, geralmente com menor custo.
Comparativos anuais e acumulado de 2025
Em relação a maio de 2024, 16 das 17 capitais pesquisadas apresentaram aumento no preço da cesta básica. A única exceção foi Aracaju, onde os valores permaneceram estáveis. A maior alta ocorreu em Vitória, com variação de 8,43%, seguida por Campo Grande (7,79%) e São Paulo (7,19%).
No acumulado dos cinco primeiros meses de 2025, o custo da cesta aumentou em todas as capitais, com destaque para Belém (9,09%), Vitória (7,85%) e Salvador (7,12%).
Produtos: o que subiu e o que caiu
Alguns alimentos tiveram papel decisivo nas variações. O arroz agulhinha, por exemplo, teve queda de preço em todas as capitais, com destaque para Vitória (-12,91%) e Brasília (-11,02%). O mesmo aconteceu com o tomate, que também ficou mais barato em todas as cidades pesquisadas. A maior baixa foi registrada em Belo Horizonte (-20,85%).
Já o café em pó registrou aumentos expressivos em 16 capitais, com destaque para Aracaju (10,70%), São Paulo (8,49%) e João Pessoa (7,98%). Goiânia foi a única exceção, com queda de -1,71%.
A carne de primeira teve comportamento misto: subiu em 14 capitais, com destaque para Curitiba (3,91%) e Florianópolis (2,68%), e caiu em três: São Paulo (-0,82%), Fortaleza (-0,65%) e Porto Alegre (-0,04%).
Salário mínimo necessário
Com base no custo da cesta mais cara (São Paulo), o Dieese calculou que o salário mínimo ideal para cobrir as despesas básicas de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 7.528,56 — o equivalente a 4,96 vezes o valor atual do salário mínimo (R$ 1.518).
O cálculo considera o que está previsto na Constituição Federal: que o salário mínimo deve ser suficiente para cobrir os gastos com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Fonte: Agência Brasil