Morango do Amor: Entenda por que esse doce virou febre e o que dizem os nutricionistas

Do visual irresistível às memórias afetivas: o doce sensação da internet é mais do que uma sobremesa bonita — é um gatilho emocional.

@cheffpatricksantos/Instagram/Reprodução

Uma casquinha crocante de vermelho reluzente, que revela, logo na primeira mordida, o azedinho do morango coberto por uma generosa camada de brigadeiro. Essa é a descrição do morango do amor, o doce mais comentado — e desejado — das redes sociais nos últimos tempos. Mais do que sabor, ele virou um fenômeno cultural e nutricionistas explicam por quê.

Segundo especialistas ouvidos pelo g1, dois grandes motivos explicam o sucesso do morango do amor:

Apelo visual intenso
Conexão emocional e afetiva

Desejo que começa pelos olhos

A beleza do doce é parte essencial do seu poder de atração. De acordo com Camille Perella Coutinho, doutora em Ciências de Alimentos pela USP, nosso cérebro é altamente sensível a estímulos visuais, especialmente quando envolvem cores fortes e brilho, como é o caso do vermelho vibrante do morango caramelizado.

A nutricionista Virginia Sgorlon complementa: “É o visual que ativa regiões do cérebro como o córtex pré-frontal e o sistema límbico, que despertam o desejo de comer antes mesmo de provar”.

Emoção na ponta da língua

Mas não é só o visual que conquista. O morango do amor também ativa memórias afetivas, especialmente ligadas à infância e às tradicionais festas juninas, explica a nutricionista Glória Guizellini.

Esse vínculo emocional reforça o desejo e contribui para o prazer ao consumir o doce. Para Eliana Bistriche Giuntini, pesquisadora do Food Research Center da USP, “a combinação entre beleza e emoção explica o sucesso do doce e o prazer que ele proporciona”.

E o valor nutricional?

Apesar de toda essa magia emocional e sensorial, é preciso lembrar que o morango do amor é um alimento com alto teor calórico e rico em açúcares. Isso exige moderação, especialmente de pessoas com condições como diabetes, obesidade, colesterol alto ou triglicérides elevados.

Para as crianças, os cuidados também são importantes. “O consumo excessivo pode substituir refeições e comprometer hábitos alimentares saudáveis”, explica Guizellini.

Mas, segundo Camille Coutinho, mesmo quem segue dietas para emagrecimento ou controle de saúde pode incluir doces como esse, desde que com equilíbrio e acompanhamento nutricional. “Comer também é prazer. A chave está na moderação e na consciência”, afirma.

Fonte: G1

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